Habitação - 22/07/2009

Mercado reaquece e companhias batem recorde de vendas até junho



As prévias das vendas e lançamentos das empresas de capital aberto e a velocidade de vendas das companhias fechadas apontam um novo fôlego para o setor

No primeiro semestre do ano passado, o setor imobiliário vivia uma de suas melhores fases. A bonança, porém, foi bruscamente interrompida pela crise global. Um ano mais tarde e o mercado surpreende-se com a reviravolta: as vendas não só se recuperaram, como superaram com folga um período aquecido. O programa habitacional popular do governo e a queda dos juros delineiam uma nova trajetória para o setor- de maneira mais evidente na baixa renda, mas também com recuperação significativa entre as classes média e média alta e em imóveis comerciais.

As prévias das vendas e lançamentos das empresas de capital aberto e a velocidade de vendas das companhias fechadas aponta um novo fôlego para o setor entre abril e junho. A mineira MRV, que atua no segmento de baixa renda há 30 anos, conseguiu o melhor desempenho de sua história, o que a coloca em um novo patamar de vendas. Sai de R$ 208 milhões de vendas em 2006 e as projeções é de que feche este ano entre R$ 2,4 bilhões e R$ 2,9 bilhões.

No segundo trimestre, a empresa vendeu R$ 850 milhões, com crescimento de 77% sobre igual trimestre de 2008, que já havia sido recorde. Sobre o primeiro trimestre deste ano, quando negociou R$ 430 milhões, a alta atinge 97,6%. "Devemos vender este ano de 25 mil a 30 mil unidades, depois de termos vendido 15 mil no ano passado", afirma Rubens Menin, presidente da companhia. "Estamos mais perto das mexicanas Homex e Urbex e devemos passar este ano as americanas Lennar e Cetex", acredita ele.

A MRV - que aumentou em 50% sua projeção de vendas - foi a primeira a voltar para a Bolsa depois que o mercado acionário melhorou. A empresa captou R$ 600 milhões na oferta pública ao preço de R$ 24,50, muito próximo dos R$ 25,00, preço da ação no dia anterior. Segundo Menin, o investidor estrangeiro está confiante no Brasil e no segmento de baixa renda, mas muito atento à qualidade e à trajetória de cada empresa.

Desde o anúncio do plano, o segundo trimestre foi considerado decisivo para mostrar o efeito do Minha Casa, Minha Vida sobre as empresas que atuam na baixa renda. Do total vendido pela MRV, pouco mais de 80% foi dentro do pacote. Segundo Menin, a MRV já vinha se preparando para crescer há cerca de três anos e agora, com produtos na prateleira, está conseguindo sair na frente. "Já fazemos o dever de casa, investindo em áreas como tecnologia e engenharia, há pelo menos três anos", diz. Logo que o governo anunciou o pacote, a empresa já encaminhou à Caixa Econômica Federal os projetos e futuros lançamentos que poderiam se enquadrar no programa.

Ela não está só. Empresas fechadas com experiência na baixa renda também alcançam bons resultados. A Cury, joint venture com a Cyrela, havia feito um lançamento em São Miguel Paulista de preço médio de R$ 120 mil em fevereiro, que levou 45 dias para ser vendido. Há cerca de duas semanas, lançou a segunda fase, com imóveis na faixa de R$ 90 mil, e vendeu as 252 unidades em apenas dez dias. "Esse é o novo ritmo do mercado, por conta dos subsídios do governo", afirma Fábio Cury. "Não vendemos mais, porque não tínhamos produtos aprovados", afirma, acrescentando que o crescimento expressivo da companhia deve acontecer no segundo semestre, quando haverá cinco lançamentos.

De acordo com o presidente do Secovi, João Crestana, a Caixa Econômica Federal está com 600 empreendimentos em análise - que representam cerca de 100 mil unidades - e 100 aprovados dentro do pacote, o equivalente a 10 mil unidades. "Os cem primeiros dias do pacote mostram uma mudança importante no setor", comenta Crestana.

Apesar do aumento das vendas sobre o ano passado, a atitude das empresas mudou muito em relação ao primeiro semestre de 2008. As empresas estão mais cautelosas nos lançamentos - que cresceram numa proporção menor que as vendas. O setor está mais racional na compra de terrenos e na hora de colocar novos produtos no mercado. Isso significa que as empresas estão conseguindo desovar estoques - um dos maiores problemas do final do ano passado.

Na Even, por exemplo, as vendas de estoque evoluíram de forma significativa no segundo trimestre, passando de R$ 29 milhões em abril para R$ 83,4 milhões em junho. No final do ano passado, a Cury tinha R$ 37 milhões em estoques e agora tem pouco menos de R$ 10 milhões.

Mas a recuperação não se limita aos imóveis para a baixa renda. O aumento do limite do SFH de R$ 350 mil para R$ 500 mil, medida inclusa no pacote, repercutiu nas vendas para a classe média. Do total dos estoques vendidos pela Even, 82% estão em imóveis no médio, médio alto e alto padrão.

A Eztec, que também atua nesse mercado e no de imóveis comerciais de pequeno porte, apresentou aumento expressivo de 70,6% sobre o desempenho do segundo trimestre de 2008. As vendas contratadas no trimestre encerrado em junho atingiram R$ 243,5 milhões. O montante comercializado até junho já representa 87,5% do total que foi vendido em todo o ano de 2008. "No mercado residencial houve um efeito psicológico fundamentado pelo Minha Casa, Minha Vida", diz Emilio Fugazza, diretor de relações com investidores da Eztec. "E a queda dos juros favoreceu a venda de imóveis comerciais como alternativa de renda." Dos R$ 243 milhões vendidos pela empresa, cerca de R$ 200 milhões foram de um empreendimento de salas comerciais.

A Brookfield, antiga Brascan, que atua nos segmentos comercial e residencial e que foi a primeira a revelar os números preliminares, vendeu R$ 568,5 milhões de abril a junho, alta de 77% comparado há um ano atrás. Outras empresas divulgarão prévia de resultado nos próximos dias e os números deverão vir na mesma direção.

Investidor estrangeiro retoma interesse no Brasil

O mineiro Rubens Menin, presidente da MRV, e Leonardo Correa, diretor de relações com investidores da companhia, passaram dez dias em um road show entre Brasil, Paris, Amsterdã, Londres e Estados Unidos. Estavam lá para reapresentar a empresa a investidores e captar dinheiro para bancar o crescimento esperado para este ano. Em 2008, a companhia vendeu cerca de R$ 1,5 bilhão e, para este ano, a previsão é ficar entre R$ 2,4 bilhões e R$ 2,9 bilhões.

Em um almoço em Nova York esperavam entre 30 e 40 investidores. Apareceram 80. Ao final da oferta pública, conseguiram captar R$ 600 milhões. Menin e Correa contam que os investidores estrangeiros e brasileiros estão de olhos atentos ao setor imobiliário no Brasil, mas também estão muito mais cautelosos do que na primeira rodada de abertura de capital das empresas, entre 2006 e 2007.

"Mudou completamente. Os investidores já chegam com a lição de casa feita, sabendo todos os números da empresa e fazem uma análise aprofundada", afirma Menin. "Não tem nada a ver com a fase eufórica do IPO", diz. "Eles querem entender detalhes do plano do governo, por exemplo."

O interesse dos investidores estrangeiros foi discutida ontem em seminário do Citiscape, que reuniu vários executivos do setor. "Todo mundo quer estar no Brasil, o investidor estrangeiro está olhando para cá e deve começar a reinvestir em 2010", afirma Helmut Fladt, diretor do Pátria Investimentos. "O país passou pelo teste de stress e saiu mais maduro e profissional", diz Felipe Cavalcante, presidente da Adit, empresa nordestina que trabalha com investidores estrangeiros.

Fonte: Valor Econômico




   WowkkkeanellUH - 04/03/2025 04:07:27S [Responder]
“You get some of me but not tomorrow as they want me in as soon as I can make it happen. This is the one time when they say jump and I ask how high due the financial gains the company could benefit from and it being important enough for the client to appear in person.”

“Well I get an extra night of you at least! I wonder what we could do with that? Meantime, what about food? I am starving and delicious as it was a second breakfast is not quite enough to replenish me!”

“Well get something on and we’ll sort that out first.”

We drove into town and decided that a daytime visit to Charlie’s was going to be the answer. I parked in the bar lot and Elise dashed in to change into something more appropriate, jeans and a t-shirt along with her biker jacket but keeping her Converses on.

Walking down to the restaurant was different from the middle of the night visits as the streets were bustling and all of the shops and outlets were open.

Reaching Charlie’s we entered the front door and sat in a booth near the window. A beautiful young American Chinese girl came,smiled and said hello to Elise and gave us menus and asked if we wanted drinks in the meantime.

"No thanks Lin just a pot of Jasmine tea for us please." Lin went back to the kitchen area. “No booze for me today as I will have to work in the bar so it is just tea for me.”

Not in a drinking mood either, I agreed with her."

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